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Atentado de Aracruz: o que se sabe sobre o crime que chocou o Brasil na última sexta-feira (25/11)?

Atentado em escolas

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Na manhã da última sexta-feira (25), em Aracruz, Espírito Santo, aconteceu um crime que chocou o país. Um adolescente invadiu uma escola pública e outra particular da cidade, atirando com uma arma que era de seu pai, policial militar.

Publicação do governador Renato Casagrande no Twitter — Foto: Reprodução
Publicação do governador Renato Casagrande (PSB), no Twitter, sobre o atentado em Aracruz — Foto: Reprodução

Duas professoras da escola Primo Bitti, alvo do primeiro ataque, e uma aluna do Centro Educacional Praia de Coqueiral, alvo do segundo, foram mortas no ataque. Uma das vítimas foi identificada por familiares como sendo a professora de alfabetização Maria Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos.

A outra docente assassinada foi Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos. Professora de matemática também na escola estadual Primo Bitti, era efetiva da rede estadual desde 2018. Também foi assassinada menina de 12 anos, Selena Zagrillo, estudante do 6º ano da escola particular atacada.

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Ao todo, 13 pessoas ficaram feridas, sendo pelo menos uma delas em estado grave.

Durante a coletiva de imprensa, o secretário de Educação revelou que o atirador era ex-aluno da escola estadual Primo Bitti. Trata-se de um adolescente, cujo nome não foi divulgado.

Seus pais teriam pedido sua transferência este ano. Contudo, o motivo para esta decisão ainda será esclarecido pelas autoridades.

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Como foi o atendado em Aracruz?

De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, o caso aconteceu entre 9h30 e 9h40 desta sexta-feira (25).

Segundo informações capitão Alexandre, do 5º Batalhão de Polícia Militar, o criminoso iniciou o atentado na escola Primo Bitti. Entrando lá, fez vários disparos com uma arma, matando duas professoras na sala dos docentes.

É possível ver nas imagens divulgadas que o adolescente, autor do crime, usava máscara cobrindo o rosto e um símbolo nazista em uma jaqueta, na altura do ombro esquerdo.

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Em seguida, o atirados usou um Renault Duster de cor dourada com as placas tampadas para ir ao local do segundo ataque. No Centro Educacional Praia de Coqueiral, o assassino vitimou fatalmente um aluno. Além dos mortos, outras 13 pessoas ficaram feridas.

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Ainda de acordo com o capitão, ele fugiu no veículo em direção à orla, tudo na cidade de Aracruz.

Confissão do crime e origem da arma

As autoridades de Aracruz, e do governo estadual do Espírito Santo, confirmaram que o autor do crime usou a arma do pai. O pai do autor do crime é tenente da polícia militar no estado.

De acordo com a polícia capixaba, os pais do criminoso colaboraram para que ele se entregasse à polícia.

Chama a atenção que o autor dos disparos do atentado de Aracruz prontamente confessou o crime. Além disso, afirmou que planejava há pelo menos 2 anos a execução do atentado. O criminoso tem 16 anos e, portanto, planejava o brutal crime desde que tinha 14 anos.

Motivações

A polícia do Espírito Santo afirmou que investiga as motivações do atentado às escolas em Aracruz. Assim sendo, não há qualquer informação oficial a esse respeito. O que há, porém, é algumas informações que vêm sendo divulgadas pela imprensa.

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Reprodução: Folha Vitória

As imagens divulgadas pelas autoridades à imprensa mostram símbolo nazista no ombro esquerdo do atirador. Além disso, o criminoso usava uma máscara de caveira, ou “skull mask”. Esse item é muitas vezes associados a grupos neonazistas europeus e norte-americanos.

Imagem colorida mostra suspeito de invadir escolas no Espírito Santo e matar três pessoas - Metrópoles
Imagem colorida mostra suspeito de invadir escolas no Espírito Santo e matar três pessoas – Créditos: Metrópoles

A imprensa também tem divulgado amplamente que o pai do autor dos disparos indicou, em redes sociais, leitura da obra Mein Kampf, de Adolf Hitler. O livro, escrito por Hitler entre 1925 e 1926, defende ideias antissemitas, anticomunistas, antimarxistas, racialistas e nacionalistas de extrema-direita, adotadas pelo Partido Nazista nos anos 1930 e 1940.

Contudo, ainda não há informações suficientes que liguem o material indicado pelo pai com o atentado.

Capa do livro Minha Luta, escrito por Adolf Hitler
Capa do livro Minha Luta, escrito por Adolf Hitler, postado pelo pai do autor do atentado/ Créditos: Metrópoles
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