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Clonagem do cartão: como evitar e o que fazer quando se é vítima desse crime?

Crime bastante comum no Brasil

A clonagem do cartão, que gera transtornos diversos a várias pessoas, é um crime muito comum no Brasil. Um levantamento do PoderData do ano passado mostra que 1 a cada 5 brasileiros e brasileiras já teve o cartão clonado.

Quem passa por clonagem do cartão sabe o enorme transtorno que isso causa.

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Especialista dá instruções sobre o que fazer quando o cartão for clonado -  Gerais - Estado de Minas
Créditos: Estado de Minas

Criminosos podem fazer coisas como compras online ou em lojas físicas em nome das vítimas. Fora isso, as vítimas ficam cientes que tiveram seu cartão clonado, muitas vezes, quando for tarde demais.

Podem descobrir o crime somente quando chega a fatura, por exemplo. Ou ainda quando têm seus nomes negativados no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou Serasa. Isso quando não ocorre o uso do cartão em operações ilegais, o que pode trazer implicações na justiça.

Afinal, o que é a clonagem do cartão?

O golpe conhecido como clonagem do cartão é basicamente um crime que consiste em roubar a informação do cartão de outra pessoa. Isso é feito para, em seguida, utilizá-las em transações fraudulentas e/ou não autorizadas pela pessoa que é dona do cartão.

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No início, esse tipo de crime se limitava ao roubo de informações por meio de aparelhos conhecidos como skimmers.

O skimmer de cartão de crédito é um dispositivo malicioso que criminosos anexam a um terminal de pagamento. Com ele, assim que a pessoa insere o cartão no terminal, tem seus dados roubados. Depois disso, transferiam os dados para outro cartão “vazio” e o usavam em transações.

Contudo, essa prática cresceu e se diversificou. Hoje, há métodos muito mais sofisticados para roubar dados de cartões. Uma das razões disso é que, com o crescimento das compras na internet, as possibilidades de vazamento de dados também cresceram.

Para fazer a clonagem do cartão, criminosos tentam sempre meios de roubar informações sigilosas. Além de nome completo, CPF e número do cartão, visam dados como os Códigos de Segurança (CVV). Com isso, efetuam compras na internet.

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Como agem esses criminosos?

Existem muitos exemplos de ações de criminosos para fazerem a clonagem do cartão de vítimas.

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Uma bem conhecida é quando enviam e-mails a clientes avisando de movimentações financeiras estranhas. Nesse caso, tentam se passar por bancos, financeiras ou lojas famosas por vendas online. Esse é o gancho para direcioná-los a sites falsos, nos quais se solicitam as informações do cartão, efetuando o roubo.

Outra variante desse golpe é anexar nos e-mails arquivos maliciosos, com malwares ou outros mecanismos para roubo de dados.

Especialista mostra como evitar clonagem de cartão em compras pela internet  - Fotos - R7 Jornal da Record
Créditos: R7

Além disso, existem sites maliciosos voltados para isso. É comum, por exemplo, que em sites específicos (como os divulgadores de links e download piratas ou alguns sites adultos, por exemplo) que as propagandas em pop-ups direcionem usuários a sites maliciosos que roubam dados.

Enfim, os métodos são variados e bem sofisticados.

Como saber se meu cartão foi clonado?

Atualmente, diante da proliferação de crimes de clonagem do cartão, as empresas vem atuando para inibir esse crime. Operadoras de cartão e bancos, por exemplo, podem bloquear cartões quando detectam operações suspeitas. Nesse caso, somente o(a) portador(a) do cartão pode o desbloquear e, para isso, precisará confirmar dados e que a operação vista como suspeita foi normal.

Mas nem sempre esses dispositivos detectam a ação de criminosos. Por isso, é importante ter atenção.

Por exemplo, verificar sua fatura de cartão antes de pagá-la é uma operação simples e que pode detectar uma clonagem de cartão. Nela, por exemplo, pode estar registrada uma compra que não fez.

Outra forma de detectar esse crime é procurar se informar periodicamente de seu histórico financeiro. Por exemplo, em órgãos como o SPC e Serasa pode haver uma restrição causada por dívida que não contraiu e que foram feitas em seu nome por criminosos que fizeram a clonagem do cartão.

O que faço se fui vítima da clonagem do cartão?

Atualmente, existem formas de ter valores ressarcidos quando se é vítima do crime de clonagem do cartão. No geral, a vítima tem, aproximadamente, 90 dias corridos a partir da data em que a cobrança foi feita para pedir ressarcimento.

Dessa forma, é possível fazer uma reclamação e não ter maiores prejuízos com o golpe.

Por isso, assim que detectar que foi vítima do golpe de clonagem de cartão, é preciso entrar em contato com seu banco. A partir daí, o banco dará início à investigação. Ele terá 30 dias para responder. Cabe lembrar que o esclarecimento não prosseguirá se o banco determinar que você ou outro titular do cartão autorizou a cobrança.

É preciso também ter em vista que a empresa que autoriza uma compra com um cartão clonado também pode ser responsabilizada. Nesse caso, é preciso fazer um boletim de ocorrência em caso de detecção desse golpe. Depois disso, é aconselhável procurar orientação jurídica profissional para entrar com uma ação.

Como evitar ser vítima da clonagem de cartões?

Uma dica importante é agir imediatamente em caso de perda de cartão. Se isso acontecer, é fundamental acionar o banco e a operadora do cartão pedindo seu bloqueio. Nesse caso, é preciso também usar o aplicativo do banco e cancelar, por exemplo, funções como a de aproximação. Quanto antes isso for feito, melhor para evitar ação de criminosos.

É importante também ter atenção em onde se usa o cartão. No caso, veja as máquinas onde faz saques e compras, procurando sempre as mais confiáveis. É fundamental, por exemplo, um acesso visual a elas, além de comprovantes da transação – seja os físicos, de papel, ou mesmo os virtuais, disponibilizados por aplicativos de bancos.

É importante ter todo cuidado com as senhas dos cartões. Alterá-las periodicamente e não ter senhas iguais, por exemplo, é sempre bastante seguro. Além disso, é fundamental evitar senhas óbvias, como datas de nascimento.

Por fim, compras online precisam de especial cuidado. Só o faça em sites confiáveis. O mesmo vale para notificações via internet. Bancos não enviam faturas ou notificações de compras por e-mail, e nem mandam arquivos anexados. Se receber um e-mail assim, não baixe os arquivos e entre em contato com a instituição, pelos seus canais oficiais (nunca pelo mesmo e-mail enviado) para esclarecimentos.

 

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