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Lula diz que Neymar vota em Bolsonaro com medo de dívida no INSS

Em 2015, Bolsonaro pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao então ministro da Receita Federal, Marcos Sintra, que se encontrassem com Neymar Santos, pai do jogador, para acertar uma dívida com o INSS

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O candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva esteve na última terça-feira (18), no podcast Flow e durante a entrevista falou de Neymar e do seu voto declarado em Jair Bolsonaro.

Questionado se tinha ficado bravo por Neymar Jr apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula disse que os atletas devem ter “medo” de que o suposto perdão de dívidas da Receita Federal possa ser descoberto.

“Não fico puto, Neymar tem o direito de escolher quem ele quiser para ser presidente. Acho que ele está com medo de que, se eu ganhar as eleições, eu vá saber o que o Bolsonaro perdoou da dívida do Imposto de Renda dele. Acho que é isso que ele está com medo de mim”

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Lula disse acreditar que há um acordo “óbvio” entre o presidente e o pai do jogador, o empresário Neymar da Silva Santos.

“Obviamente o Bolsonaro fez um acordo com o pai dele. E ele agora está com problema com o Imposto de Renda na Espanha. Mas isso não é um problema do presidente, é da Receita Federal e não meu”

Para Lula, apoio de Neymar a Jair Bolsonaro vem recheado de polêmicas

O atacante do Paris Saint-Germain anunciou seu apoio a Bolsonaro em 29 de setembro, poucos dias antes do primeiro turno das eleições para presidência contra Lula.

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Em 2019, o pai de Neymar se reuniu com Bolsonaro no Palácio do Planalto para tratar do caso que tramita no CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) contra o jogador. O jogador havia apelado ao parlamento há alguns dias para que o procedimento de cobrança de multas fosse descartado. A dívida de cerca de 8 milhões de reais não foi quitada e está atualmente pendente na Justiça.

Inicialmente, o valor arrecadado pela Receita foi de 188,8 milhões de reais, com referência à multa de 2015, mas a Kraft analisou o recurso do jogador e reduziu o valor após considerar que algumas sanções não se aplicaram.

Na época, Bolsonaro pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao então ministro da Receita Federal, Marcos Sintra, que se encontrassem com Neymar Santos.

A investigação da autoridade fiscal citou suposta evasão fiscal, principalmente relacionada à sua mudança do Santos para o clube espanhol Barcelona, ​​além de falta de renda de seus contratos de trabalho e publicidade. O período da pesquisa foi de 2011 a 2013.

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Em 2019, Neymar recorreu da decisão da Kraft, mas o pedido foi negado. O jogador, então, acionou o TRF-3 (Tribunal do 3º Distrito Federal). O atacante depositou 88,8 milhões de reais em conta judicial como garantia de execução em 2021.

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Em 29 de julho deste ano, a Justiça concedeu ao jogador um pedido de habeas corpus e suspendeu o processo criminal contra ele. No entanto, a decisão provisória não encerrou o caso.

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